Em investigação que apura o envolvimento de Jair Renan em suspeita de tráfico de influência, a Polícia Federal solicitou quebra de sigilo telemático para obter dados, documentos e comunicações mantidas pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, o pedido foi rejeitado pela Justiça Federal do Distrito Federal.
O pedido foi feito ainda no final do ano, quando a PF buscava acessar registros como e-mails, diálogos salvos em nuvem e outros tipos de arquivos que ajudariam na apuração de suspeitas de que Jair Renan teria recebido doações e repasses de empresários em troca da entrada deles no governo federal. Os valores teriam sido efetivados para a formação de uma sala comercial usada pela empresa do filho do presidente, do ramo de eventos.
A Polícia Federal relatou à Justiça que era necessário ter acesso aos diálogos mantidos por Jair Renan, pelo personal trainer Allan Lucena, que seria o responsável por captar os patrocínios, e pelos empresários, para o andar do inquérito.
Para o advogado de Jair Renan, Frederick Wassef, o rigor da PF na investigação sobre o filho do presidente negaria irregularidades e também a participação de Jair Bolsonaro. “Eu acho até ótimo que a PF quebre todos os sigilos pois nada devemos. Jair Renan jamais praticou qualquer ato irregular, não ganhou carro de empresário, nem marcou reunião. Não agiu de forma direta ou indireta para ninguém junto ao governo federal”, disse.