A Polícia Federal (PF) deverá apresentar o relatório final da investigação sobre as joias ilegais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebidas da ditadura saudita, em junho, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Originalmente, os investigadores planejavam entregar o documento em maio ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Contudo, devido ao grande volume de material ainda em análise, a previsão de conclusão foi ajustada.
As últimas diligências da investigação ocorreram entre 25 de abril e 11 de maio, quando uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos para realizar entrevistas e visitar lojas onde as joias foram comercializadas de forma ilegal.
Vale destacar que entre os progressos da investigação estão o acesso a imagens inéditas e a coleta de depoimentos que confirmam detalhes sobre a venda e recompra ilegais das joias que faziam parte do “kit ouro branco”.
O conjunto de joias foi recebido por Bolsonaro durante uma visita oficial à Arábia Saudita em 2019 e incluía anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (masbaha), todos cravejados com diamantes. O kit também incluía um relógio Rolex, vendido separadamente em uma loja da Pensilvânia.
O valor total do conjunto foi estimado em pelo menos R$ 500 mil. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que os presentes pertencem ao acervo da Presidência e não a Bolsonaro.
Após o caso das joias, a PF deve concluir o inquérito sobre a tentativa de golpe, considerado o que tem maior potencial para levar Bolsonaro à prisão. Um parecer recente da Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que a investigação sobre a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota em 2022, está “em via de conclusão”.