PGR avalia denunciar Bolsonaro após receber relatório da CPI do 8/1

Atualizado em 19 de outubro de 2023 às 16:13
O ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP

Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) aguardam o relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro e esperam que o documento possa ajudar a esclarecer apurações em andamento. Membros do órgão também acreditam que novas provas possam ser incluídas nas investigações em curso. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

O relatório, produzido pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), tem 1.333 páginas e será lido com atenção pelos membros da PGR. A expectativa é que o material seja encaminhado para o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, que coordena o Grupo de Combate aos Atos Antidemocráticos.

A decisão sobre o destino do relatório cabe à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, que receberá o texto nos próximos dias. Integrantes da PGR não descartam oferecer uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, um dos 61 indiciados pelo colegiado.

Para qualquer decisão contra Bolsonaro, no entanto, seria necessário ter uma prova consistente de seu envolvimento com os ataques terroristas para sustentar a acusação. Caso não haja fundamentação para denunciar o ex-presidente, temem que ele possa ser transformado em vítima na opinião pública.

Eliziane Gama pediu o indiciamento de Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado. Ela aponta que o ex-presidente “foi autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições, que culminou no dia 8 de janeiro de 2023”.

A participação de Bolsonaro no golpismo foi apontada pelo hacker Walter Delgatti Neto e pela delação de seu ex-ajudante de ordens, segundo a senadora.

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