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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a prisão preventiva dos 11 bolsonaristas acusados de atos golpistas e vandalismo e afirmou que não há elementos suficientes para manter os alvos presos. A Polícia Federal havia solicitado a prisão dos suspeitos após tentativa de invasão no prédio da corporação, em Brasília.
Apesar da PGR não concordar, o relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu converter as prisões temporárias em preventivas, na sexta-feira (6).
Tanto Moraes como a PF entenderam que, diante da gravidade dos atos realizados no dia 12 de dezembro, a liberdade dos alvos poderia novamente colocar em risco a ordem pública, com potencial de novos ataques à ordem democrática.
Na ocasião, bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF, depredaram a entrada do prédio, incendiaram veículos e tentaram jogar um ônibus de um viaduto.
Na fase inicial da investigação sobre os atos antidemocráticos do dia 12, a PGR foi favorável à prisão temporária dos suspeitos. Mas, passado o prazo, o órgão se manifestou contra à conversão das prisões em preventivas.
A investigação foi aberta pela PF para apurar a tentativa de invasão no prédio da corporação. Apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL) protestavam contra a prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.
Os protestos aconteceram horas depois da diplomação de Lula (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com os investigadores, todos os alvos teriam participado dos atos de depredação e tentativa de invasão ao prédio da PF.
Além das prisões, a PF realizou busca e apreensão nas casas dos investigados. Agora, a operação irá apurar se houve financiadores para a realização dos atos e qual a origem dos recursos que abasteceram os extremistas.