A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar brasileiros que fizeram cobranças ao procurador-geral da República, Augusto Aras, durante uma viagem a Paris, na França, em abril.
O grupo de brasileiros gravou um vídeo em que Aras aparece sendo perseguido por eles. “Dar rolézinho em Paris é legal. E abrir processo, procurador? Vamos lá investigar ou vai continuar engavetando aí?”, disse um dos brasileiros, no vídeo.
Veja o vídeo
De férias em Paris, Aras é cobrado: “Vamos investigar o MEC?”https://t.co/D65qh3YQbo pic.twitter.com/AWYPl5ocDj
— Guilherme Amado (@guilherme_amado) April 19, 2022
À época, segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o procurador-geral recebeu conselhos de aliados para evitar espaços públicos em Portugal, onde o número de brasileiros residentes no país é maior. A estratégia era evitar que Aras fosse alvo de novas cobranças.
De acordo com integrantes da PGR, o procurador-geral ficou irritado com o ocorrido e queria transformar o caso em uma tentativa de interferência na autonomia e independência do Ministério Público. No entanto, ao longo da apuração, a PF descartou os crimes de segurança nacional e investigou apenas a suspeita de injúria e difamação contra Aras.
Após a conclusão da apuração, a PF enviou o caso para análise do Ministério Público Federal, que ainda não deu prosseguimento.