Paulo Pimenta, nomeado ministro do governo Lula para o Rio Grande do Sul, rebate as críticas de politização de sua indicação, afirmando que é uma visão “mesquinha” e “maldosa” acreditar que o presidente criou a estrutura para controlar a narrativa da reconstrução do estado. Ele enfatiza que a escolha foi feita para apoiar o momento do estado e nega qualquer intenção política.
Ex-chefe da Secom, Pimenta destaca que sua relação com o adversário político, governador Eduardo Leite, é harmoniosa e cooperativa. Ele menciona o apoio do PT na eleição de Leite e ressalta que ambos têm objetivos comuns, apesar de diferenças partidárias. Pimenta acredita que essa colaboração é essencial para a reconstrução do estado. O político foi entrevistado pela Folha de S. Paulo.
Pimenta rejeita a ideia de que sua indicação visa controlar a narrativa ou fortalecer a imagem do governo federal no estado. Ele afirma que o foco é mobilizar recursos e esforços para a reconstrução, negando qualquer intenção política mesquinha. O ministro defende a estrutura do ministério como necessária e funcional para enfrentar a calamidade.
“[É preciso] Coordenar as ações de todas as áreas do governo federal no sentido de dar agilidade, encurtar caminhos, facilitar o acesso das prefeituras e do governo do estado às políticas públicas, estabelecer relações com todos os setores da sociedade gaúcha no sentido de ouvi-los e, a partir desse diálogo, melhorar ainda mais o trabalho que a gente está fazendo e encontrar outras iniciativas necessárias para dar a resposta que o Rio Grande do Sul precisa nesse momento”.
Pimenta menciona também os esforços contínuos para combater fake news e desinformação que prejudicam o trabalho de reconstrução. Ele afirma que muitas das críticas e rumores são infundados e criminosos, e que sua prioridade é concentrar-se nas necessidades urgentes do estado.
Sobre a questão do caminhão e da ANTT, Pimenta desmente as acusações de que o governo federal tenha impedido a chegada de ajuda ao estado. Ele classifica essas alegações como fake news e reitera que não houve fiscalização de donativos por exigência de nota fiscal. Em relação ao apoio do Uruguai, ele admite que houve versões diferentes, mas nega qualquer decisão deliberada de rejeitar a ajuda.
Pimenta planeja permanecer no Rio Grande do Sul por seis meses, conforme a lei de emergência, para garantir que todos os convênios e contratos necessários sejam firmados. Após cumprir sua missão, ele pretende retornar à Secom, confiando que os resultados das ações de comunicação do governo serão mais evidentes e positivos no futuro próximo.