Raras vezes se viu no mundo político brasileiro isolamento tão grande e tão rápido quanto o da equipe da operação Lava Jato.
Classificada como “organização criminosa” por Gilmar Mendes há dois dias, a turma de Curitiba – certamente com conhecimento de causa de seu capo Sergio Moro – decidiu trucar alto diante das inexplicáveis tramas de Dallagnol & asseclas contra juízes do STF. A súbita decisão de transferir o ex-presidente Lula de Curitiba para um presídio em São Paulo tinha toda a pinta de decisão-lacração que intimida inimigos e faz tremer o mundo à sua volta.
Certamente a organização araucária não contava com a rápida reação do mundo político. Nada menos que 12 partidos de várias gradações políticas do Congresso protestaram contra a medida, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A decisão por 10 X 1 do pleno do Supremo, tomada com celeridade recorde, é péssima notícia para Sérgio Moro e sua turma. Ao bulir com Gilmar Mendes, Deltan Dallagnol, o operador de Moro, trombou com cachorro maior que ele. E não segurou o rebote.
Pendurado na brocha fica João Dória, babaca juramentado, que tentou tirar casquinha da situação.
O Brasil não tem roteirista único. Daria uma série eletrizante.