Pistoleiros espancam acampados e atiram contra famílias sem-terra na Bahia

Atualizado em 29 de março de 2022 às 14:37
Despejo em acampamento do MST
O despejo violento do Assentamento Quilombo Campo Grande foi um dos exemplos de violações de direitos humanos no Brasil em 2020 (foto: MST)

Na manhã desta terça-feira (29), dois homens armados espancaram acampados e atiraram contra as famílias alojadas na Fazenda 2 Rios, no município de Itaetê (BA), na região da Chapada Diamantina. O local é um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Os homens, que não tinham identificação ou uniforme, se apresentaram como policiais. Eles, então, mostraram armas de fogo e renderam as famílias acampadas. Um dos tiros chegou a acertar uma mulher, que já foi socorrida e hospitalizada, sem risco de vida.

A Fazenda 2 Rios, que possui mais 3,5 mil hectares de terras improdutivas, foi ocupada pelo movimento na última sexta-feira (25), passando a abrigar cerca de 250 famílias. A intimidação por parte dos pistoleiros acontece desde aquele dia, segundo a assessoria do MST. A polícia já foi acionada, mas as ameaças continuam sendo feitas.

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Trabalhadores sem-terra já ocuparam três áreas na Chapada Diamantina em março

Militantes do MST em Itaetê
Militantes do MST em Itaetê, na região da Chapada Diamantina, na Bahia

Esta é a terceira ocupação da Regional Chapada Diamantina realizada pelos sem-terra neste mês. As outras ocorreram em uma área de monocultivo de eucalipto, abandonada, pertencente à empresa Ferbasa, no município de Planaltino/BA. Cerca de 230 famílias ocuparam a área.

A outra ocupação ocorreu no município baiano de Piritiba, na fazenda Cajazeira, com 50 famílias. A área também está abandonada e improdutiva. Em todas essas ocupações realizadas pelas famílias Sem Terra, se reivindica a desapropriação das áreas improdutivas para fins da Reforma Agrária.

 

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