Pizzaria é investigada no MPF por causa de sabor “Pau no Mito”

Atualizado em 28 de maio de 2022 às 18:19
Imagem de uma fatia de pizza com uma logo ao fundo em azul, branco e vermelho com o nome "Autêntica, pizza da lambreta".
Pizzaria passou a ser investigada por campanha que incentiva jovens a tirarem o título. Foto: Tampa Studio

Uma pizzaria da cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, virou alvo do Ministério Público Federal por uma suposta campanha antecipada em favor do ex-presidente Lula (PT). O empreendimento chamou a atenção do MPF por criar um sabor de pizza chamado “Pau no Mito”, em referência ao modo como os militantes da oposição tratam o presidente Bolsonaro (PL).

A ideia foi criada pelo empresário Thiago Ferreira, que distribuiu 40 pizzas gratuitamente como forma de incentivar os jovens a tirarem o título de eleitor para que participem das eleições presidenciais deste ano. “Quando começamos a nos posicionar como uma empresa anti-establishment e #forabolsonaro, houve uma grande movimentação de bolsonaristas nas redes sociais enviando mensagens agressivas”, afirmou o dono do estabelecimento ao Congresso em Foco.

“No início eram casos isolados, mas chegamos a observar ações organizadas promovidas por perfis de extrema direita para nos intimidar. Houve quem ligasse para nossa pizzaria ameaçando se a gente não retirasse o conteúdo”, completou.

Ação tinha o intuito de incentivar adolescentes a participarem das eleições

Thiago Ferreira contou que a iniciativa era uma estratégia de marketing para fidelizar novos clientes e incentivar a participação dos jovens e adolescentes nas eleições. Isso porque, ao apresentar o cadastramento no site da Justiça Eleitoral, o novo cliente teria direito a uma pizza da casa de forma gratuita.

“Nós tínhamos um posicionamento embaixo que, além de tirar o título, tinha que ser #forabolsonaro. Avisamos que se o jovem de 16 a 18 anos apresentasse seu título de eleitor, ele ganharia uma pizza. Como esperado, muita gente veio, muitos jovens. Não fizemos nenhuma ação política. O jovem apresentava seu documento e pegava a pizza”, afirmou.

O Congresso em Foco constatou que uma investigação foi aberta no Ministério Público Federal (MPF) da Paraíba e iniciou-se a partir da procuradora Acácia Suassuna, que levou a questão para a Procuradoria-Geral da República.

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