Senadores e deputados se planejam para derrubar hoje o veto de Jair Bolsonaro que barrou o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões. No Congresso, um dos partidos mais empenhadas em garantir o valor é o PL, legenda do próprio presidente da República.
O governo não se empenhou para fixar um valor menor durante as negociações. Ainda que o presidente tenha defendido o total de R$ 2,1 bilhões, valor enviado ao Congresso, não houve um esforço para o convencimento da base do governo.
Atualmente, o núcleo duro de aliados é formado por PP, PL e Republicanos, legendas favoráveis à derrubada do veto. Além de incrementar campanhas nos estados, a ideia é beneficiar o próprio presidente da República, que pretende disputar a reeleição. De acordo com um dos vice-líderes do PL, o valor maior “é bom para todo mundo”, inclusive para Bolsonaro, que terá custos expressivos em uma campanha nacional.
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Partido de Bolsonaro acredita que a oferta seja insuficiente
Os parlamentares avaliam que a oferta do governo de R$ 2,1 bilhões seria insuficiente. Wellington Roberto, líder do PL na Câmara, diz que é preciso contextualizar o dispositivo barrado.
Bolsonaro vetou trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que vincula o valor do fundo à verba destinada à Justiça Eleitoral. O Fundo Eleitoral seria equivalente a 25% do orçamento de dois exercícios (2021 e 2022) do Judiciário responsável pelas eleições. Com base nesse parâmetro, foram calculados os R$ 5,7 bilhões.
Mesmo com a movimentação, alguns parlamentares notam resistências no Senado. Segundo um líder de partido da base do governo, há um grupo de senadores que “gosta de aparecer” e pode dificultar a negociação. Na Câmara, o cenário é cômodo.