Em relatório divulgado na última sexta-feira (27) pelo interventor da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF), Ricardo Capelli, foi relatado que a PM do Distrito Federal utilizou de estudantes do curso de formação da PM para compor a primeira linha de contenção para barrar os manifestantes na invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Em outro trecho do documento divulgado por Capelli foi revelado ainda que quase toda a tropa era composta por oficiais inexperientes. “Importante destacar a existência de informação de que parcela da tropa alocada para o reforço do efetivo que estava na Esplanada encontrava-se de prontidão em casa.”, acrescentou Ricardo.
O relatório apresenta uma série de omissões cometidas pela PM, como o não acionamento do Canil e do BOPE, a demora de duas horas para pedido de reforço, o uso inadequado do gradil, tornando a estrutura frágil e os inúmeros policiais atuando sem equipamentos de proteção.
“Os PM’s sem a proteção adequada, sem o exoesqueleto e outras proteções adequadas. Os alunos de formação ali da Polícia Militar na linha do gradil sem a proteção adequada, de forma frágil. Isso facilitou muito que a linha fosse quebrada”, disse Capelli.
O documento, no entanto, destaca o “impasse” da PM com o Exército, descrevendo o acampamento montando em frente ao quartel-general como uma “incubadora” da invasão do Planalto.
Havia ordem de prisão expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes contra os terroristas, mas o comando do Exército não permitiu que a PM fizesse a detenção deles na noite do domingo da invasão. Até veículos blindados foram usados para impedir a atuação dos policiais.
Até o momento 254 pessoas foram acusadas pela Procuradoria-Geral da República de invadir e depredar a Praça dos Três Poderes. Centenas seguem presos.
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