Na segunda-feira, 7 de agosto, Jair Barbosa Tavares, ex-vereador do Rio de Janeiro conhecido como Zico Bacana, foi vítima de um ataque a tiros que resultou em sua morte na zona norte da capital fluminense.

Ele já havia sido alvo de uma tentativa de assassinato em novembro de 2020, também na zona norte, onde sofreu um ferimento superficial na cabeça por um disparo.

Em abril de 2018, Bacana prestou depoimento durante quase quatro horas na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Horas antes do incidente desta segunda-feira, o ex-vereador compartilhou postagens em sua conta no Instagram enquanto percorria as ruas de Guadalupe, visitando obras da prefeitura. Foi durante sua presença em uma padaria que ocupantes de um veículo passaram atirando na esquina das ruas Eneas Martins e Francisco Portela.

Jorge Tavares, irmão de Zico Bacana, também foi atingido e levado ao Hospital Carlos Chagas, porém, lamentavelmente, não resistiu aos ferimentos. Além disso, uma terceira pessoa foi baleada nas costas e no pé, embora a polícia ainda não tenha divulgado sua identidade.

Com a idade de 53 anos, Zico Bacana atuou como vereador pelo PHS entre 2017 e 2020. Durante a última eleição municipal, concorreu pelo Podemos e se tornou suplente. Em suas redes sociais, ele se apresentava como paraquedista e policial militar.

O ex-vereador estava sob investigação na CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, sendo apontado como suposto líder de uma organização paramilitar. Além disso, ele prestou depoimento no âmbito das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Zico sempre negou qualquer envolvimento com o crime.

Mesmo após deixar o cargo público, Zico continuava ativo em bairros da zona norte e compartilhava suas atividades nas redes sociais. Apenas dois dias antes do ocorrido, ele participou de um evento ao lado do deputado federal Pedro Paulo (PSD).