A candidatura de Rosângela Moro a deputada federal por SP está movimentando o Podemos. A mulher de Sergio Moro é a aposta da dona da sigla, Renata Abreu, para abocanhar boa fatia das 70 vagas do estado na Câmara.
Os marqueteiros do partido acham que o eleitor paulista de Moro vai acompanhar o voto nas escolhas ao legislativo.
É o conhecido efeito Tiririca, embora o Podemos insista em dizer que mira o exemplo de Eduardo Bolsonaro, eleito em 2018 com 1,8 milhão de votos, na maior votação a um cargo legislativo da história do estado – com um detalhe: como a mulher de Moro, o filho de Bolsonaro nunca pisou no estado.
A mulher de Moro que diz que não gosta de ser chamada de mulher de Moro espera tirar votos não apenas de Eduardo: os espólios eleitorais de Joice Hasselmann e, dentro do próprio Podemos, de Kim Kataguiri, também são alvos de Rosângela.
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A conjuntura envolvendo uma possível votação recorde de Rosângela despertou o interesse de Mario Covas Neto, o Zuzinha, filho do ex-governador.
Seu grupo político trabalha com duas possibilidades: deixar o Podemos e arriscar a vaga de vice numa eventual chapa encabeçada por Márcio França ao governo ou ficar no Podemos e tentar surfar no fenômeno da Tiririca de saias.
Como tudo que envolve o partido, o ambiente é de amadorismo: Rosângela Moro sairia candidata num estado que não é o dela, sendo que o marido optou por ter domicílio eleitoral no Paraná, estado de origem do ex-casal da Lava Jato.
Voz de marreco e despreparo num ambiente de puro amadorismo
De fato as pesquisas indicam que a aceitação de Moro em SP não é ruim, mas até aí cravar que o eleitor vai dar seu apoio a Rosângela tem uma grande distância.
O certo é que toda eleição tem o seu Tiririca.
A neófita da vez é a mulher do ex-juiz parcial. Em comum, Rosângela tem com o marido a voz de marreco e a falta de vivência na política.