Polícia apura se Comando Vermelho está por trás das mortes dos médicos no Rio

Atualizado em 5 de outubro de 2023 às 21:05
Momento em que os médicos foram assassinados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

A Delegacia de Homicídios está conduzindo uma investigação para apurar se os criminosos que assassinaram três médicos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foram mortos na manhã desta quinta-feira (5) no interior do Complexo da Penha. Com informações da Folha de S.Paulo.

Uma das principais linhas de investigação é de que o ortopedista Perseu Ribeiro Almeida foi confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, acusado pelo Ministério Público estadual de integrar a milícia de Rio das Pedras.

A ordem para matar os médicos teria partido de Phillip Motta Pereira, conhecido como Lesk, responsável pela narcomilícia da Gardênia Azul, segundo os investigadores. A motivação seria uma vingança pela morte de outro miliciano.

A narcomilícia da Gardênia Azul surgiu após disputas internas na milícia na região, em dezembro do ano passado. Liderados por Edgar Alves de Andrade, o Doca, os traficantes do Complexo da Penha ofereceram uma aliança ao miliciano.

Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. Foto: reprodução

Na troca de armas e homens para tomarem o local, eles queriam lucros com máquinas de caça-níqueis e venda de drogas, além de oferecerem abrigo em territórios sob o controle do Comando Vermelho.

Devido a esse apoio, a narcomilícia se expandiu na zona oeste, resultando em disputas e um aumento na violência na região, com pelo menos 50 mortes nos seis primeiros meses deste ano. A rua Araticum tornou-se conhecida como a “rua da morte”, com 14 assassinatos relacionados à disputa entre a narcomilícia e milicianos locais.

Após o crime, os suspeitos procuraram refúgio nas áreas do Comando Vermelho. Postagens nas redes sociais afirmaram que Taillon havia sido morto. As publicações foram apagadas em seguida.

Em meio ao erro constatado e à repercussão do caso, os traficantes realizaram um “tribunal do tráfico”. Doca teria ordenado a morte de todos, inclusive do líder da narcomilícia, de acordo com informações dos investigadores.

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