Polícia conclui inquérito sobre morte de líder do PT por bolsonarista: “Motivo torpe”

O órgão alega que faltam elementos para classificar a tragédia como crime de ódio ou motivação política

Atualizado em 15 de julho de 2022 às 15:30
O líder do PT, Marcelo Arruda, e seu assassino, Jorge José Guaranho.

Nesta sexta-feira (15), a Polícia Civil do Paraná anunciou a conclusão do inquérito sobre a morte do líder do PT, Marcelo Arruda, assassinado a tiros pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho em sua própria festa de aniversário. O crime aconteceu há menos de uma semana, no último sábado (9).

Segundo a polícia, a tragédia que aconteceu em Foz do Iguaçu teve motivo torpe, ou seja, teria ocorrido devido à uma provocação que desencadeou uma discussão por questões políticas e ideológicas. Jorge teria cometido o assassinato por impulso, e não de forma premeditada. Com isso, faltam elementos para classifica-lo como crime de ódio.

Segundo a delegada Camila Cecconello, chefe da investigação, é difícil afirmar que a morte foi provocada por um motivo político, já que entende-se que os disparos foram feitos depois de uma discussão que foi se agravando e gerando provocações.

“É difícil nós falarmos que é um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista”, declarou. “Para você enquadrar em crime político, tem que enquadrar em alguns requisitos. É complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir os direitos políticos da vítima. Parece mais uma coisa que se tornou pessoal”.

O bolsonarista sequer conhecia o petista, e o motivo de ter ido até a vítima, de acordo com a polícia, foi depois que um dos funcionários do local onde a festa de Marcelo aconteceria ter mostrado imagens do salão – que estava preparado para a comemoração com tema do PT – para Jorge. Então, Guaranho resolveu se locomover até lá.

Em suas explicações, Camila diz que a ideia inicial do agressor não era assassinar o aniversariante. Embora o policial tenha ido até a festa para realizar provocações com músicas de Bolsonaro, o crime não foi planejado.

Palhaçada.

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