Agentes do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) abordaram um veículo na Avenida Brasil, onde encontraram uma bolsa contendo R$ 175 mil em espécie. O motorista, identificado como Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, teria alegado desconhecer a origem do dinheiro e afirmou ser assessor parlamentar do deputado federal Gutemberg Reis (MDB).
O parlamentar foi um dos 17 indiciados pela Polícia Federal (PF) em um inquérito que investiga a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19, no qual também está incluído o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O veículo, um Range Rover Velar, juntamente com seus três ocupantes, foi encaminhado para a 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e, após serem ouvidos na delegacia, foram liberados. O caso foi posteriormente transferido para a 27ª DP (Vicente de Carvalho). A Polícia Civil informou que o dinheiro foi apreendido e uma investigação está em andamento para esclarecer os fatos.
Em nota ao jornal O Globo, o deputado Gutemberg Reis declarou que a pessoa citada na reportagem prestou serviços freelance em sua campanha eleitoral na área de marketing, mas atualmente não possui nenhum vínculo empregatício. Ele também negou que o dinheiro apreendido pertencesse a ele.
A defesa de Eduardo Gonçalves negou qualquer menção à origem desconhecida do dinheiro, afirmando que não há ilegalidade em transportar valores em espécie. O homem teria esclarecido prontamente todos os detalhes solicitados pelas autoridades, alegando que o dinheiro era proveniente da venda de um veículo.
Gutemberg Reis foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação, em relação a uma suposta fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19. As investigações indicam que o deputado teria se beneficiado do esquema criminoso, com a inclusão de dados de uma falsa imunização em seus registros.