Segundo a Polícia Civil, o tiro que matou o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, na última quinta-feira (27), foi disparado de um “bunker” do PCC (Primeiro Comando da Capital) construído por traficantes de drogas na comunidade da Vila Zilda, no Guarujá, no litoral paulista. A informação é do colunista Josmar Jozino, do UOL.
Patrick foi atingido por um disparo no peito quando fazia patrulhamento na região com outros colegas da Rota. O tiro foi efetuado por Erickson David da Silva, o Deivinho, apontado como integrante do PCC. Ele se entregou à Corregedoria da Polícia Militar no domingo (30) e acabou preso.
Investigadores da Delegacia do Guarujá disseram que o lugar de onde foi feito o disparo lembra bunkers de defesa em áreas de guerra. Ele foi preparado com alvenaria e tem paredes espessas, capazes de resistir a disparos e outros ataques.
Segundo depoimentos dos investigadores, o bunker da organização criminosa tem visão privilegiada e possibilita verificar com precisão os principais acessos ao local, especialmente os de veículos.
Vale destacar que o local era guarnecido com materiais usados para embalar e distribuir drogas, tinha mesas e área para dormir. Também foram encontradas anotações da contabilidade do crime com inscrições fazendo referências ao PCC.
O crime gerou comoção entre os agentes da Polícia Militar (PM) e levou o governo paulista a iniciar a Operação Escudo, mobilizando agentes de todos os 15 batalhões de operações especiais do estado. Cerca de 3.000 PMs, além de pelotões do Choque e do efetivo local, foram enviados à região.
Além das dez mortes que supostamente aconteceram até a tarde de domingo (30), a Ouvidoria das Polícias de São Paulo está apurando denúncias de mais nove mortes por intervenção policial até a noite da última segunda-feira (31).