O delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, no interior de São Paulo, está investigando ao menos 15 estudantes de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que teriam participado do episódio de masturbação coletiva, apelidado como “punhetaço”.
A Polícia Civil instaurou um inquérito na segunda-feira (18) para apurar o caso. A corporação trabalha inicialmente o episódio como “ato obsceno”, delito que, segundo o delegado, já está caracterizado. O crime, classificado como mais brando, prevê uma pena de até um ano de prisão.
Baptista quer ter certeza de que o caso não se trata de um crime mais grave, de importunação sexual, quando o ato ocorre contra uma ou mais vítimas. Para isso, o delegado planeja viajar para a capital paulista nesta semana em busca de testemunhas.
Neste caso, a pena pode chegar a até cinco anos de reclusão, embora o delegado considere essa possibilidade remota.
“Até o momento, ninguém nos procurou”, afirmou Baptista ao Metrópoles. “O caso só veio à tona porque uma pessoa postou o vídeo, outro usuário ficou revoltado e acabou caindo na página do youtuber Felipe Neto. Quem estava diretamente envolvido não reclamou”, disse.
Alunos da Unisa já foram ouvidos informalmente pelos investigadores como testemunhas. Além disso, as diretorias da Unisa e da Universidade São Camilo, onde estudam as supostas vítimas, também foram procuradas para agendar horários para prestarem depoimentos.