O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) suspeita que a advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy foi assassinada e teve o cadáver ocultado. Ela foi sequestrada em fevereiro deste ano e segue desaparecida mesmo após o pagamento de um resgate de R$ 4,6 milhões pela família.
A hipótese é da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis e da 105ª DP (Petrópolis). Ela foi vista com vida pela última vez no dia 29 de fevereiro, em Petrópolis, na região serrana do estado, e não foi solta pelos criminosos.
A promotoria denunciou quatro suspeitos pelo desaparecimento da vítima, incluindo Lourival Correa Netto Fatiga, homem de confiança da família que trabalhava como segurança para a vítima há três anos. Segundo o MP-RJ, ele arquitetou o sequestro e envolveu dois filhos, além de uma mulher com quem se relacionava.
Lourival fingia ser agente da Polícia Federal e intermediou o pagamento milionário do resgate pela vítima. Foram mais de quarenta transferências bancárias enviadas a contas sugeridas pelo amigo da família. Ele ainda teria retardado o início das investigações, já que a denúncia formal do caso foi feita somente no dia 14 de março.
O suspeito levava uma vida de luxo com o dinheiro que teria sido usado para o pagamento do resgate. Ele comprou um carro avaliado em R$ 500 mil, pago com dinheiro em espécie, uma motocicleta e 950 aparelhos celulares para serem revendidos.
Anic é casada com Benjamin Cordeiro Herdy (78), herdeiro e um dos filhos do fundador de um complexo educacional na Baixada Fluminense que deu origem à universidade Particular Unigranrio, vendida em 2021 para outro grupo educacional. Por ser próximo da família, Lourival tinha conhecimento sobre as condições financeiras da vítima.