Policiais processam Eduardo Bolsonaro após serem chamados de “cachorrinhos do Moraes”

Atualizado em 16 de abril de 2024 às 23:31
Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), deputado federal que está sendo processado por policiais. Reprodução

O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Paraná moveu uma ação judicial contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 15, devido a insultos proferidos contra a instituição.

Durante uma entrevista ao site Diário da Região, veiculada em março, o parlamentar se referiu à Polícia Federal como “cachorrinhos do Moraes”, em alusão ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Ele fez tais declarações enquanto defendia seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de conspirar contra a democracia brasileira.

Bolsonaro questionou o papel da Polícia Federal que, segundo ele, estaria cumprindo ordens de Alexandre de Moraes, e criticou o fato de Moraes estar envolvido em várias investigações mesmo após o término do mandato presidencial de Bolsonaro.

As declarações foram feitas no mesmo dia em que Bolsonaro foi indiciado no inquérito sobre a falsificação de cartões de vacinação, algo que Eduardo negou, argumentando que seu pai não teria motivo para falsificar tais documentos, dada a natureza oficial de suas viagens.

A investigação da PF aponta que Bolsonaro teria solicitado ao tenente-coronel Mauro Cid a falsificação do documento de imunização dele e de sua filha menor de idade, Laura.

O sindicato alega que as declarações de Eduardo Bolsonaro causaram constrangimento legítimo à corporação e argumenta que tais declarações não estão protegidas pela imunidade parlamentar. Após receber a ação, a juíza Gláucia Barbosa Rizzo da Silva pediu que o sindicato demonstre sua legitimidade para entrar com uma ação no juizado especial civil.

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