Na última semana, a Polícia Federal (PF) encontrou um cofre com R$ 4,4 milhões em um endereço ligado ao empresário Murilo Sergio Jucá Nogueira Junior, em Maceió. Policial Civil há 20 anos, ele entrou na Justiça cobrando um aumento no salário devido à ampliação da carga horária. A informação é do UOL.
De acordo com o Portal da Transparência de Alagoas, Nogueira Junior tem salário-base de R$ 10,5 mil mensal. O policial, no entanto, reclamou na Justiça que o Estado aumentou a carga horária de 30 para 40 horas semanais, sem alta proporcional na remuneração.
Ele entrou com uma ação na Justiça em dezembro de 2022. Entretanto, o pedido foi negado pelo juiz Emanuel de Andrade Barbosa, do Juizado da Fazenda Pública Estadual, em sentença dada no último dia 30 de maio. Segundo o magistrado, a lei estadual que regula a carreira previa carga de 40 horas quando Nogueira prestou o concurso.
“Concluo que a parte autora, agente da Polícia Civil, desde o ingresso no cargo esteve submetido ao regime de tempo integral, obedecendo à carga horária máxima de 40 horas semanais. Como não houve aumento da jornada de trabalho com o advento da Lei Estadual n.º 6.441/2003, ficam rejeitadas as pretensões autorais”, diz o juiz.
Vale destacar que Nogueira é um dos alvos da Operação Hefesto, que investiga desvios em contratos para a compra superfaturada de kits de robótica com dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Segundo a PF, ele recebeu R$ 550 mil de Edmundo Catunda, sócio da Megalic, empresa de um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).