Publicado originalmente no perfil de Facebook do autor
POR LUIS FELIPE MIGUEL, cientista político
Não foi à toa que Israel bombardeou o prédio que abrigava a imprensa em Gaza.
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Israel não quer visibilidade para aquilo que está fazendo. E olha que a mídia internacional opta, em geral, por uma cobertura marcada por deliberada cegueira.
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Mas qualquer informação que chegue ao público causa estarrecimento. É impossível defender as ações de Israel.
É uma política de anexação territorial com “limpeza étnica”. É um genocídio.
A solidariedade ao povo palestino não é uma pauta facultativa. Faz parte dos compromissos básicos de qualquer pessoa comprometida com a paz e os direitos humanos.
O que está a nosso alcance é ampliar o alcance do movimento BDS – Boicote, Desinvestimento e Sanções, que busca aplicar, sobre o Estado racista de Israel, o mesmo tipo de pressão que contribuir para a derrocada do apartheid sul-africano.
Por isso a indignação de tantos na UnB, quando a reitora Márcia Abrahão Moura decidiu firmar um acordo que abria para empresas israelenses o parque científico e tecnológico da universidade.
Não dá para lutar contra um governo genocida no Brasil e ao mesmo tempo fazer parceria com genocidas no Oriente Médio.