Michelle Obama se engajou numa campanha para libertar as estudantes nigerianas sequestradas pelo grupo islâmico Boko Haram.
No programa de rádio de Barack, ela deu um depoimento duro. “Como milhões de pessoas em todo o mundo, o meu marido e eu estamos chocados e tristes com o sequestro de mais de 200 meninas nigerianas de um dormitório escolar no meio da noite”, disse.
“Este ato irresponsável foi cometido por um grupo terrorista determinado a impedir que essas meninas possam obter uma educação”.
Os EUA estão enviando especialistas para a Nigéria para ajudar nas buscas. Hillary Clinton chegou a chamar o rapto de “ato de terrorismo” e passou um sabão no presidente Goodluck Jonathan. O Pentágono avisou que tropas estavam a caminho do país, embora sem planos de uma operação militar. Elas ajudariam nas áreas de comunicações, logística e inteligência.
E então Michelle entrou no Twitter para deixar seu recado. Postou um retrato de si mesma na Casa Branca segurando um papel com a frase “#BringBackOurGirls”. Assinou o tuíte “- mo”.
Durou uma hora até que uma onda de indignação surgisse no Twitter — desta vez, acusando a primeira-dama de hipocrisia. Não demorou muito e montagens começaram a circular.
A melhor, que acabou viralizando, alterava os dizeres na cartolina: “#Nothing will bring back the children murdered by my husband’s drone strikes” (“Nada vai trazer de volta as crianças assassinadas pelos drones de meu marido”).
Um estudo de 2012 revelou que o uso de drones, que se intensificou sob Obama, “aterroriza homens, mulheres e crianças” no noroeste do Paquistão “24 horas por dia”. Foi elaborado pelas universidades Stanford e New York. Segundo o relatório, pelo menos 176 meninos e meninas pereceram nos ataques.
O autor da homenagem bateu boca com algumas pessoas que defendiam a atitude de Michelle. Para uma moça mais exaltada, escreveu o seguinte: “A primeira dama não dá a mínima para palestinos, afegãos ou paquistaneses, certo? Por que você acha que ela se importaria com você?”