Publicado originalmente no blog do autor:
Por Moisés Mendes
O Ministério Público de Rio entrou com uma ação contra o empresário Silas Malafaia, que se nega a fechar seus templos milagrosos.
O homem é a única figura pública a desafiar as restrições impostas por governo e prefeitura do Rio contra reuniões e aglomerações.
Malafaia é um dos tantos pastores que vivem do dinheiro do povo para produzir exorcismos. Ele promete proteger seus crentes da ameaça do coronavírus.
Se Malafaia fosse negro e pobre, já teria sido algemado e preso em alguma cadeia do Rio. Mas Malafaia é da turma de Bolsonaro.
O Ministério Público cumpre com o sujeito os trâmites que não cumpriria com um cidadão comum que ameaçasse criminosamente a saúde pública.
O MP age para tentar fechar os templos, e não para pedir à Justiça que mande prender Malafaia preventivamente, como ameaça a todos, e não só aos seus fiéis.
Os empresários da religião mandam na política, sustentam o poder da família Bolsonaro e nada acontece nem com Malafaia nem com Edir Macedo, que considera o coronavírus inofensivo.
A estrutura de Justiça parece temer os curandeiros bolsonaristas.