Uma das maiores estreias do ano, Barbie chega aos cinemas nesta quinta-feira (20). A produção de Greta Gerwig, no entanto, vem incomodando cristãos e parlamentares conservadores, tanto no Brasil como nos EUA.
O Movieguide, guia norte-americano de filmes e séries para famílias cristãs, recomendou que os pais não levem seus filhos para ver o filme. De acordo com o site, o longa-metragem promove “histórias de personagens lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”.
Um dos analistas do Movieguide afirmou que a Mattel, empresa que produz o brinquedo e o filme, “cometeu um erro grave” ao “atender a uma pequena porcentagem da população”.
No Brasil, a deputada estadual Alê Portela (PL-MG), apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, compartilhou nas redes sociais uma campanha contra Barbie. Em uma publicação no Instagram, a parlamentar disse que a produção da Warner Bros representa uma “distorção” de valores éticos e morais.
“O novo filme da Barbie é o assunto do momento! Afinal, trata-se de uma boneca icônica que marcou a infância de várias gerações de meninas. Podemos pensar que um filme baseado nessa personagem seria voltado para o público infantil e familiar, destacando a feminilidade. No entanto, essa suposição está errada”, escreveu a deputada na legenda da publicação.
Para políticos republicanos e figuras de direita dos EUA, Hollywood está o usando o filme para manipular o público norte-americano a consumir “propaganda chinesa”, através de mensagens subliminares sobre disputas marítimas internacionais.
Segundo a jornalista Katrina Vanden Heuverl, do The Guardian, os senadores Marsha Blackburn e Ted Cruz alegam que um mapa do filme da Barbie mostra a “linha de nove traços” que os chineses usam para afirmar o controle sobre o Mar da China Meridional. A Warner Bros, por sua vez, explicou que o mapa “retrata a jornada fictícia da boneca, viajando da Barbie Land até o ‘mundo real’”.
Nos Estados Unidos, o filme é recomendado para maiores de 12 anos por conter “breves linguagem sugestivas”. No Brasil, a classificação indicativa, definida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, também foi confirmada em 12 anos.
A história se passa na Barbie Land, o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia. No entanto, uma delas percebe que talvez sua vida não seja tão perfeita assim. A Barbie interpretada por Margot Robbie acaba indo para o mundo real e descobrindo algumas verdades sobre sua realidade.