Por que Trump pode morrer na praia, carregando o tapetão da Pensilvânia

Atualizado em 4 de novembro de 2020 às 11:19

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Donald Trump. Foto: AFP

Por Rodrigo Vianna

224 Biden x 213 Trump: esse é o placar do caos e da decadência de um Império. Mas esqueçam esse papo de que “Biden perdeu na Flórida e no Texas, por isso perdeu as chances de ganhar de Trump”. O que vale são os números.

Faltam 9 Estados pra concluir totalização: Georgia, Carolina do Norte, Maine, Nevada, Arizona, Alaska, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia (onde Trump concentrou a estratégia de virar a mesa, evitando a contagem minuciosa dos votos pelo Correio).

Trump deve levar Georgia, Carolina do Norte (que estão por um fio), além do Alaska e de um condado extra no Maine + 16 + 15 + 3 + 1 = 213 + 45 = Trump 258.

E Biden deve levar Nevada, Arizona e Wisconsin (Democrata estava atrás aqui ate de madrugada, mas passou por uma diferença ridícula agora cedo), alem dos outros três votos do Maine 6 + 11 + 10 + 3 = 224 + 30 = Biden 254.

Teremos então: 258 x 254. E aí faltam Michigan (16 votos no Colégio Eleitoral) e Pensilvânia (20 votos). Trump está na frente nos dois, e quer melar os votos que ainda faltam…

Em Michigan, a diferença estava em 300 mil ontem. Mas caiu para 30 mil, quando entraram votos pelo Correio. Faltam 14% a apurar. Se Biden mantiver proporção, vira e ganha Michigan. Biden bateria nos 270 e venceria a eleição (um mísero voto no Condado extra de Nebraska fará diferença).

Se isso acontecer, Trump vai morrer na praia, carregando o tapetão da Pensilvânia! Resumo da ópera: olho no Michigan, onde a chance de Trump melar o jogo é mínima. E olho no Wisconsin e em Nevada (nos dois Estados, Biden está na frente por menos de 15. E foda-se a Pensilvânia).

Minha previsão: Biden tem mais chance de ganhar, sem onda azul, no detalhe. Um a zero, com gol aos 46 do segundo tempo.