Imagens do circuito de segurança interna do Palácio do Planalto revelaram que a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), durante a ação de contenção aos atos anti-democráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro, só tentou bloquear o aceso dos extremistas na porta principal por 16 minutos. As imagens foram liberadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) no último sábado (22). As portas estavam destrancadas. As informações são do Estadão.
As imagens também exibiram o momento em que é possível identificar um grupo de policiais militares do Distrito Federal tentando proteger a porta para pedestres das instalações. Entretanto, em outras gravações nota-se que parte dos golpistas já estava na área interna depredando a recepção.
Os primeiros invasores surgem nas imagens a partir das 15h19. Neste horário, os policiais estavam agrupados do lado de fora tentando afugentar os radicais.
Eles chegam à entrada principal do Planalto às 15h11, chamados, aparentemente, por seguranças privados que observam a chegada dos golpistas e, por rádio, solicitam reforço.
Após explosões consecutivas, o grupo de PMs que bloqueava a entrada do Planalto não é mais visto nas imagens, às 15h27. A saída facilita a entrada de mais invasores, que seguem quebrando o que veem pela frente, como os aparelhos de raio-X.
A câmera também flagrou quando um dos vigias encosta a porta principal, mas deixa um vão aberto, que, mais tarde, é ampliado pelos radicais já de dentro do Palácio. A invasão é acompanhada de depredação de forma imediata. Pelas imagens é possível ver os computadores da recepção sendo atirados no chão, assim como extintores sendo usados para quebrar as vidraças.
Em determinado trecho nota-se o momento em que os extremistas conversam tranquilamente com militares enquanto tentam arrombar um caixa eletrônico.
Acerca da ação que pode configurar uma possível conivência dos agentes policiais da Tropa de Choque com os golpistas, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) foi procurada mas ainda não se pronunciou. As investigações seguem em curso.