A Defesa Civil de Porto Alegre emitiu um alerta neste sábado (22) para riscos de temporal com “ventos intensos”, descargas elétricas e eventual queda de granizo na capital do Rio Grande do Sul. Algumas regiões ainda enfrentam as consequências das enchentes que afetam o estado desde abril.
As previsões indicam que os eventos climáticos extremos podem ocorrer entre a meia-noite e o meio-dia de domingo, com volume de chuva de até 45mm por hora e ventos que podem chegar a 70 km/h. A Defesa Civil recomenda que os moradores não enfrentem o mau tempo e busquem abrigos seguros.
Neste sábado, a capital gaúcha teve clima ameno, com poucas nuvens e temperaturas variando entre 18°C e 27°C. No entanto, a Prefeitura de Porto Alegre alertou que os temporais previstos podem causar transtornos como corte de energia, queda de árvores e novos alagamentos. A administração municipal informou que terá equipes de prontidão para atender ocorrências em todas as regiões da cidade.
O nível do Rio Guaíba estava em 3,21 metros às 13h deste sábado, dentro da margem considerada de “alerta” para inundações. A rodovia federal BR-290 ainda possui cinco trechos de interdições na capital gaúcha, sendo dois bloqueios totais.
As enchentes que atingiram grande parte do Rio Grande do Sul nos últimos meses continuam a impactar 478 municípios. De acordo com o último boletim da Defesa Civil, 10.793 pessoas estavam sem abrigo. Ao todo, foram registradas 176 mortes em decorrência das chuvas.
O governo federal anunciou na sexta-feira (21) que o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que está sem receber voos desde 3 de maio, retomará os procedimentos de embarque e desembarque de passageiros na primeira quinzena de julho.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, um espaço não afetado pelas enchentes será utilizado para as operações no terminal de passageiros. A Fraport, empresa alemã responsável pela administração do aeroporto, informou que fornecerá detalhes sobre o atendimento em 8 de julho.
Ônibus transportarão os passageiros do terminal até a Base Aérea da cidade de Canoas (RS), onde as operações de pousos e decolagens estão sendo realizadas. “Os voos continuarão sendo realizados no aeródromo militar até que a pista de pouso e decolagem do Salgado Filho seja liberada”, afirmou o governo federal.