Prateleiras de mercados ficam vazias e desabastecimento assusta no RS

Atualizado em 6 de maio de 2024 às 11:09
O centro de Porto Alegre ficou inundado após tempestades. (Foto: Renan Mattos)

As chuvas intensas no Rio Grande do Sul resultaram em uma corrida aos supermercados em busca de itens essenciais, como água, papel higiênico e combustível, levando ao esvaziamento de prateleiras em algumas regiões. No entanto, associações do setor afirmam que, apesar das dificuldades logísticas decorrentes das enchentes e do isolamento, não há risco de desabastecimento. As interrupções pontuais na reposição são atribuídas às dificuldades no transporte e ao impacto das inundações em lojas e vias.

Gabriel Maia, auxiliar de escritório de 20 anos, relatou uma experiência ao visitar um supermercado em Porto Alegre na última sexta-feira. Ele descreveu filas que chegavam à metade do corredor e uma escassez de produtos em várias seções. “As filas eram enormes e a falta de produtos era evidente”, comentou. “O que mais vi foi gente estocando água, mas não havia mais pão de forma e alimentos não perecíveis estavam em falta, como macarrão e arroz.” Maia sugeriu que a reação de estocar produtos é compreensível em uma situação de calamidade, mas alertou contra o exagero.

Associação de Supermercados se manifesta

A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) garantiu que não há falta generalizada de alimentos, embora a reposição esteja sendo afetada pelo impacto das enchentes. Problemas no transporte, lojas ilhadas ou inundadas estão entre os principais motivos para a demora na reposição, mas a associação assegura que o abastecimento ocorre de forma contínua, ainda que com algumas interrupções temporárias. A rede de supermercados Zaffari, uma das principais do estado, reforçou essa posição, destacando que rupturas eventuais podem ocorrer, mas são rapidamente solucionadas. Eles acrescentaram que, para produtos em falta, geralmente há alternativas disponíveis nas próprias lojas.

Setor de combustíveis

O setor de combustíveis também enfrenta desafios, mas o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpetro), João Carlos Dal’Acqua, negou que haja desabastecimento. Ele explicou que alguns postos de gasolina enfrentam maior demanda, causando filas, mas as distribuidoras estão trabalhando para manter o abastecimento regular. Em alguns casos, a ansiedade da população pode esgotar o estoque de um posto, mas outros próximos ainda conseguem atender à demanda. Dal’Acqua também destacou que medidas como a redução temporária de biocombustível na gasolina ajudam a garantir o fornecimento.

Governo do RS lança campanha

O governo do Rio Grande do Sul lançou uma campanha em parceria com o Sulpetro para garantir que veículos oficiais tenham prioridade na hora de reabastecer, como forma de garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais. A situação mais crítica, no entanto, é no fornecimento de água e energia elétrica. No último boletim, o governo gaúcho informou que 418,2 mil pontos estavam sem energia e 1,06 milhão de imóveis sem água.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, pediu que os moradores economizem água, já que quatro das seis estações de tratamento de água da cidade estavam com operações suspensas devido às enchentes.

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