Os preços dos alimentos fecharam 2023 com uma queda acumulada de 0,52% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os itens que mais tiveram redução de preço no ano são óleo de soja (28%), cebola (25,32%) e o abacate (22,71%).
O grupo das carnes acumulou uma queda de 9,35% no ano e a picanha entrou no top 15 de itens que mais baratearam no período, com uma diminuição de 10,69%. Outras, como fígado (20,28%), costela (12,56%), acém (11,88%), peito (11,39%) e alcatra (10,72%) também aparecem na lista dos alimentos que mais tiveram redução de preço.
Essa é a primeira deflação dos preços de alimentação no domicílio desde 2017, quando houve um registro de -4,85%.
Houve um aumento da oferta de alimentos por conta da ampliação da safra agrícola em 2023, além da maior disponibilidade de produtos como carne e leite. Também houve uma redução nos custos de insumos, que dispararam com a pandemia e a Guerra da Ucrânia.
Depois da redução do preço da alimentação no domicílio em 2017, o país registrou cinco anos seguidos de inflação: 4,53% em 2018, 7,84% em 2019, 18,15% em 2020, 8,24% em 2021 e 13,23% em 2022. Apesar da deflação de 2023, ela não acaba com os efeitos dos anos anteriores.
No geral, o IPCA fechou em 4,62%, valor que ficou dentro do teto da meta de inflação pela primeira vez desde 2020.