Prefeito bolsonarista, mais um negacionista, demite professora que cobrou equipamentos de Saúde. Essas informações são do Diário do Jahu.
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Prefeito bolsonarista exonera
Uma manifestação está sendo organizada e deve ocorrer na Câmara Municipal de Jaú, na próxima segunda-feira (13/09), quando serão retomadas as sessões presenciais. O objetivo é pressionar pela reintegração da professora Cristiane Banhol aos quadros da Prefeitura. O movimento tem apoio de uma petição online, organizada pela Conlutas, que já conta com mais de 600 assinaturas e apoio de aproximadamente 60 entidades. O caso ganhou repercussão estadual, com envolvimento de vários sindicatos e associações.
A servidora municipal foi alvo de um processo administrativo no ano passado, depois de denunciar pela internet a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para profissionais da saúde. Após decisões e recursos, o procedimento foi encerrado com uma punição de 15 dias de suspensão. Contudo, a sindicância foi reaberta pelo governo Ivan Cassaro durante o primeiro semestre de 2021. Em nova condenação, Banhol acabou demitida do cargo que ocupava há 16 anos, como professora da rede básica de ensino.
Essa será a primeira sessão presencial da Câmara de Jaú desde meados do ano passado, quando a pandemia passou a afetar mais diretamente a cidade e os encontros legislativos começaram a ser via internet.
Perseguição, intimidação e censura
“No âmbito da Prefeitura de Jaú, denúncias são tratadas como ‘fake news’ e acarretam punições aos denunciantes, a exemplo da professora Cristiane Banhol, servindo para ameaçar e punir aqueles que ousam questionar e cobrar da administração pública o uso correto dos recursos públicos e a proteção dos servidores, bem como da população jauense. Trata-se nitidamente de um caso de perseguição política, de caráter antidemocrático, intimidatório e de censura”, diz o texto de apresentação da petição online, que pode ser acessada pelo link ao final da reportagem.
Prefeitura não dá detalhes
Na semana passada, o secretário municipal de Governo, advogado Paulo Ivo, afirmou que a legislação municipal não permite que detalhes sobre o procedimento interno sejam divulgados. Limitou-se a dizer que houve irregularidades no trâmite realizado durante a gestão Rafael Agostini e que, por isso, foi necessário retomá-lo agora.
A informação nos bastidores é de que a sindicância foi aberta, sob acusação de que Cristiane Banhol teria se beneficiado politicamente de suas manifestações. Caso não seja reintegrada, a professora deve recorrer à justiça comum.