Foto. Reprodução; Metrópoles
Após denúncia dos pedidos de propina por pastores para acesso a recursos do Ministério da Eucação (MEC), os prefeitos que relataram os casos serão ouvidos pela Comissão de Educação no Senado na manhã desta terça (5). Os políticos foram convidados para participar da sessão uma vez que os senadores não têm o poder de convocar os chefes do Executivo municipal a menos que haja uma CPI.
Foram 9 os prefeitos convidados para detalhar as denúncias aos senadores, mas apenas cinco confirmaram presença: Kelton Pinheiro, prefeito de Bonfinópolis (GO); José Manoel de Souza, prefeito de Boa Esperança do Sul (SP); Gilberto Braga, prefeito de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza, prefeito de Boa Esperança Do Sul (SP); e Helder Aragão, prefeito de Anajatuba (MA).
Na semana passada, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi exonerado do cargo após denúncias a respeito da atuação de pastores como lobistas no MEC. De acordo com as acusações, Gilmar Santos e Arilton Moura atuavam para facilitar o acesso de prefeitos a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina.
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Os pastores ocupam o MEC
Desde o inicio de seu governo, o presidente Bolsonaro (PL) formou no MEC um gabinete paralelo composto por pastores que não têm vínculo nenhum com a administração pública nem com o setor de ensino.
O grupo tem como lideranças os pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade. Eles têm participado de reuniões fechadas para discutir as prioridades da pasta e até o uso da verba destinada à educação no Brasil.
Ambos os religiosos têm proximidade com chefe do Executivo desde o primeiro ano do mandato. Eles participaram, em 18 de outubro de 2019, de um evento no Palácio do Planalto com o presidente e ministros. Já em 10 de fevereiro do ano passado, estiveram ao lado de Milton Ribeiro e do presidente em evento no MEC com 23 prefeitos.