Prefeitura do Rio ignora Bolsonaro e mantém desfile de 7 de setembro no centro

Atualizado em 4 de agosto de 2022 às 15:30
Manifestação de bolsonaristas na avenida Paulista, em São Paulo, no Dia da Independência, em 2021
Foto: VINCENT BOSSON/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar que a parada militar de Sete de Setembro no Rio de Janeiro aconteceria na orla de Copacabana, a prefeitura da cidade publicou, no Diário Oficial, aviso de licitação para a montagem da estrutura do desfile em seu local tradicional, no centro.

A Avenida Atlântica, que fica a margem da praia de Copacabana, se tornou um ponto de atos contra o PT e a favor de Bolsonaro nos últimos anos. Uma manifestação pró-Bolsonaro está prevista para ocorrer no local no feriado do Dia da Independência.

Elaborado pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública, o edital publicado no Diário Oficial determina que a estrutura para o “Desfile-Cívico-Militar” seja montada no entorno do Pantheon de Caxias, monumento que fica diante do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

A prefeitura estima que sejam gastos R$ 318.035,00 com a instalação de sistema de som, montagem de tribunas e de arquibancadas para mil pessoas e colocação de 200 banheiros químicos e grades de isolamento. A licitação está marcada para o próximo dia 15. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), é apoiador da candidatura do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto.

No Twitter, Paes afirmou que a Avenida Atlântica “apresenta alguns desafios”, destacando que todo o calçadão da praia é tombado e que o bairro tem muitos moradores, mas que  os “desafios podem ser superados desde que se tenha organização e planejamento e se permita modificações na estrutura tradicional do evento”.

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