A premiê da Suécia, Magdalena Andersson, descartou hoje (8) os pedidos da oposição para considerar a adesão à Otan pois, segundo ela, uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos traria “instabilidade” a segurança na Europa.
“Se a Suécia optar por enviar um pedido de adesão à Otan na situação atual, isso desestabilizaria ainda mais esta área da Europa e aumentaria as tensões”, disse a primeira-ministra sueca. “Fui clara durante todo esse tempo ao dizer que o que é melhor para a segurança da Suécia e para a segurança desta região da Europa é que o governo tenha uma política de longo prazo, consistente e previsível, e essa é minha crença permanente.”
Desde 1814, a Suécia não participa de uma guerra. A sua política externa foi construída com base na não participação em alianças militares. Porém, o país criou laços estreitos junto à Otan nos últimos anos devido ao aumento das tensões com a Rússia na região do Báltico.
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, os apelos para a Suécia se juntar à Otan foram renovados, junto da Finlândia, que também permanece fora da organização ocidental.
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Maioria dos Suecos são a favor de adesão à Otan
Uma pesquisa realizada na sexta-feira (4) pela Demoskop, encomendada pelo jornal Aftonbladet, apontou que em janeiro 51% dos suecos eram a favor da adesão à Otan e 42% contra. As pessoas contra a adesão caíram de 37% para 27%. É a primeira vez que uma pesquisa do tipo mostra uma maioria a favor.
A Rússia não quer que a Suécia ou a Finlândia se juntem à Otan e enxerga a possibilidade como uma ameaça. No fim de fevereiro Moscou alertou ambos os países sobre “sérias consequências político-militares” caso houvesse uma adesão.