Após declarações feitas pela ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos-DF) em um templo evangélico, no último sábado (8) em Goiânia, o grupo Prerrogativas entrou com uma representação no Ministério Público Federal e no Supremo Tribunal Federal pedindo que as falas da senadora sejam investigadas.
Na ocasião, Damares disse que crianças de três e quatro anos foram traficadas na Ilha de Marajó, no Pará, e tiveram os dentes arrancados para “não morderem na hora do sexo oral”.
Advogados do grupo pedem ao STF e ao MPF que caso as declarações da ex-ministra sejam verdadeiras, Damares e o presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam solicitados para explicarem quais medidas tomaram. Foi requisitado também que ambos sejam investigados por prevaricação, já que não teriam tomado qualquer providência ao terem conhecimento do que ocorria no local.
No Jornal Nacional, foi informado que o grupo não descarta que as falas de Damares sejam “mentirosas’ e que teriam o objetivo de “alimentar discursos de ódio e tumultuar o processo eleitoral”. Desta forma, eles cobram também que a ex-ministra seja intimada a apresentar “provas do que alegou”.
— VIDRAÇA TAMBÉM É GENTE, GENTE… (@VidrsGente) October 11, 2022
“Se as declarações de Damares não forem verdadeiras, é também muito grave, pois a ex-ministra estaria banalizando um problema muito sério que é responsabilidade de todo e qualquer brasileiro combater esse tipo de violência”, afirma o coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho.
O grupo pede também que sejam “tomadas medidas urgentes” para evitar a propagação de mentiras. E adverte que o vídeo de Damares tem sido divulgado como material de campanha eleitoral nas redes de Flávio Bolsonaro, que tenta ligar as falas da ex-ministra a “resquícios de PT pelo Brasil”.
Assista o vídeo:
É estarrecedor as revelações da Ex Ministra Damares, sobre o tráfico de crianças na Ilha do Marajó e outros abusos. pic.twitter.com/Ct71ZjPZ5A
— RoGazola (@rosanagazola) October 9, 2022