Prerrogativas presta solidariedade a Barroso e diz que Bolsonaro comete crime de responsabilidade

Atualizado em 9 de julho de 2021 às 15:16
Ministro Roberto Barroso durante sessão da 1ª turma do STF. Foto: Nelson Jr./SCO/STF (25/06/2019)

O DCM recebeu a seguinte nota:

“Nota do Grupo Prerrogativas

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Solidariedade ao Ministro Barroso

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Ao injuriar, no dia de hoje, o Ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal, mais uma vez, o Presidente da República mostra não só o seu desprezo pelo Poder Judiciário, mas também o seu desequilíbrio e o seu destempero.

Não bastasse ter utilizado ontem palavras de baixo calão para dizer que não apresentaria nenhuma explicação à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fatos que lhe são diretamente imputados acerca das graves denúncias que assolam o seu governo, agora, de modo desatinado e desqualificado, atinge a honra de um Ministro da nossa Suprema Corte.

Novamente incorre em crime de responsabilidade.

É necessário que as nossas instituições e a nossa sociedade reajam a esse tipo de conduta destemperada, demonstrando que ofensas às nossas instituições e aos seus membros são intoleráveis.

Nunca a história brasileira, mesmo em seus dias mais sombrios, viveu algo parecido. Um Presidente da República que não respeita as instituições, que rasga diariamente a Constituição que jurou cumprir, e ameaça a democracia, não pode mais permanecer um dia sequer no exercício do seu mandato.

Até quando as nossas instituições não reagirão a esse tipo de comportamento insano que expõe a nossa imagem perante o mundo? Até quando haverá complacência com a falta de compostura e de razoabilidade daquele que ocupa a Presidência da República? Até quando haverá a conivência com mais de meio milhão de mortes de brasileiros e brasileiras?

Quem não se dá ao respeito não se faz respeitar. É necessário que as instituições democráticas exijam respeito daquele que exerce a presidência da República. E se ele não consegue se comportar a altura da função para a qual foi eleito ou satisfazer minimamente os compromissos que jurou cumprir perante a nação brasileira, é necessário que seja democraticamente afastado do seu mandato.

Basta! Impeachment já!”