Presidente da Câmara de SP nega perseguição política na proposta de CPI contra o padre Júlio

Atualizado em 4 de janeiro de 2024 às 13:43
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil). Foto: Divulgação

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), afirmou que não vê nenhum viés político ou perseguição contra o padre Júlio Lancellotti no pedido de criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigá-lo. O vereador bolsonarista Rubinho Nunes (União Brasil) é o responsável pela iniciativa contra o religioso.

Em nota divulgada nesta quarta (3), o padre afirmou que não tem nenhum convênio ou vínculo com a Prefeitura de São Paulo e, portanto, a atividade que exerce não poderia ser alvo de uma CPI na Casa Legislativa. Mesmo assim, o presidente da Câmara paulista acredita que seu trabalho pode ser alvo de uma investigação.

“Se há fatos, não importa o que seja investigado. A investigação é como qualquer outra”, afirmou Leite à GloboNews. Ele também adiantou que o tema será tratado em uma reunião em fevereiro, na volta do recesso parlamentar, pelos membros do Colégio de Líderes.

O autor do pedido de abertura de CPI também negou que haja viés político na instalação do colegiado e anunciou que vai prosseguir tentando criar o grupo para investigar o padre. O requerimento feito por ele já teve a assinatura de ao menos 24 vereadores, do total de 55.

Thammy Miranda (PL) afirmou que foi enganado por Rubinho e que o requerimento apresentado por ele não citava a investigação contra o religioso. Ele chama a iniciativa de “grande fake news”, diz que o vereador bolsonarista “está fazendo campanha política” e avalia que outros colegas também foram enganados.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não se manifestou publicamente sobre o tema, mas ligou para o padre após ser informado sobre a criação da CPI contra ele. Ele disse que desconhecia a iniciativa e conversou com representantes da Arquidiocese.

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