Presidente da Guiana diz que Lula é “a voz de estabilidade e razão” na região

Atualizado em 28 de fevereiro de 2024 às 21:02
Mohamed Irfaan Ali sorrindo ao lado de Lula
Presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, ao lado de Lula – Ricardo Stuckert/PR

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, reconheceu o papel crucial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na mediação da disputa territorial entre Guiana e Venezuela. As declarações de Ali ressaltam a importância da liderança regional de Lula em tempos de tensões geopolíticas.

Ali descreveu o petista como uma “voz de estabilidade e razão” na região, destacando sua responsabilidade em garantir a paz e o cumprimento das leis internacionais. “Eu vejo o papel do presidente Lula na região como crucial. Ele tem uma grande responsabilidade sobre seus ombros para fornecer liderança regional e já vem fazendo isso”, pontuou.

Ele elogiou o papel de mediação desempenhado por Brasília no acordo entre Caracas e Georgetown sobre a região disputada do Essequibo: “Ele é uma voz de estabilidade, uma voz da razão, e eu acredito que seu papel é garantir que a paz e a estabilidade continue e que todas as partes cumpram e ajam dentro dos limites da lei internacional”.

A tensão entre Venezuela e Guiana atingiu seu auge quando Nicolás Maduro promoveu um plebiscito contestado em dezembro passado, reivindicando o Essequibo como parte do território venezuelano. O governo brasileiro, sob a liderança de Lula, participou ativamente das negociações para reduzir a tensão, o que foi considerado uma vitória diplomática.

Os esforços de mediação culminaram em encontros em Brasília, onde representantes dos dois países discutiram por horas. Embora tenha sido descrito como um “bom começo”, nenhum anúncio significativo foi feito sobre o Essequibo ou medidas concretas.

A disputa territorial remonta ao século XIX, com um tratado entre Reino Unido e Holanda em 1814, que concedeu terras disputadas à Holanda. Após anos de negociações e disputas, a questão foi levada à ONU, que indicou a Corte Internacional de Justiça como fórum para resolver o impasse.

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