O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, comprou a tese bolsonarista isolamento vertical com mais entusiasmo que o chefe.
Num grupo de WhatsApp, explicou seu darwinismo social.
“Muita bobagem é feita e dita, inclusive por economistas, por julgarem que a vida tem valor infinito. O vírus tem que ser balanceado com a atividade econômica”, afirmou.
Questionado pela Folha, Novais relatou que a quarentena “causará depressão econômica com efeitos piores que os da epidemia”.
Ele sabe que a ideia de que a vida pode ser relativizada vem secundada pela questão: depende da vida.
Certamente não a dele, a dos Bolsonaros e dessa gente bonita e cheirosa que frequenta seu gabinete ou sua casa.
Em março, o repórter Vinícius Segalla assinou no DCM uma matéria sobre uma palestra de Novaes em que os ouvintes eram membros do conselho técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O executivo afirmou que a má colocação do Brasil em rankings internacionais de educação se devia às crianças.
Segundo Novaes, os meninos e meninas oriundos de famílias pobres é que são o verdadeiro problema do sistema de ensino do país.
“Muitos dos filhos assim nascidos são fruto de gravidez não programada e indesejada”, diz ele.
“É ‘politicamente incorreto’, pode parecer elitista e de mau gosto, mas é forçoso reconhecer que escolas e professores não podem fazer milagres diante de uma multidão de estudantes com sinais evidentes de deficiência cognitiva para aprendizados mais complexos”.
A solução? Controle de natalidade, claro.
Faz sentido!
Se o covid-19 eliminar apenas os indesejáveis, qual é o problema?