Bruno Dantas, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu acesso às mensagens da Vaza Jato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as conversas, travadas em 2018, há um diálogo do então procurador Dallagnol dizendo que faria uma nota “dura” contra ele por conta de uma entrevista em que criticou decisões do então juiz Sergio Moro na Lava Jato. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
“Pedi ao STF cópia de todos os diálogos para avaliar providências legais. Se forem verdadeiros, comprovam o incesto havido na Lava Jato e revelam um bando de pistoleiros de aluguel recebendo uma encomenda de assassinato de reputação”, afirmou Dantas.
Na época, Moro tentou proibir o uso de provas da Lava Jato contra delatores e empresas que assinaram acordos de leniência com a força-tarefa. Dantas chamou a decisão do ex-juiz de “carteirada” na ocasião e disse que somente o STF poderia retirar do TCU as provas compartilhadas pela operação.
Após as críticas, Deltan afirmou que estava fazendo uma “nota sobre manifestação do Bruno Dantas. A pedido da JF. E será dura, será agressiva”. Em resposta, um colega afirmou: “Bata no Bruno Dantas, mas lembre que tem ministros que concordam conosco”.
Para o advogado Pierpaolo Bottini, que representa o presidente do TCU, “podemos estar diante de uma tentativa de coação institucional”.