Valdemar Costa Neto está muito irritado com Bolsonaro, conforme revelou DCM. E o adiamento da filiação pode representar o não casamento entre o presidente e o PL. Se isso ocorrer, o principal líder do Partido Liberal não vai aceitar calmamente. Ele reagirá contra o Planalto, segundo pessoas próximas.
Após o chefe do executivo federal afirmar que era do Centrão, políticos de tradicionais siglas tinham certeza que ele havia sido domado. Durante as negociações, todos os lados cederam. O ex-capitão teria autonomia na sua campanha com o suporte do PL. E a legenda teria total liberdade nos diretórios estaduais.
Só que Bolsonaro mudou de ideia de ontem para hoje. Mas a resistência dele ao partido começou no fim da noite de quinta (11). Carlos avisou ao pai que a reação nas redes sociais sobre a filiação era muito negativa. E Moro usaria essa aliança para aumentar o discurso anticorrupção.
Outro ponto que irritou o presidente foi o fato de não conseguir emplacar Tarcísio Freitas como candidato ao governo de SP. O PL paulista é da base de João Doria no estado e prometeu apoiar Rodrigo Garcia (PSDB). O governante avisou que a legenda em que estiver filiado não irá apoiar candidato do governador paulista.
Neste domingo (14), Bolsonaro e Valdemar brigaram feio e adiaram a filiação marcada para 22 de novembro. E, apesar das duas partes afirmarem publicamente que faltam poucos detalhes para fecharem o acordo definitivo, nos bastidores a situação é tensa.
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Valdemar Costa Neto não vai aceitar pacificamente traição de Bolsonaro
O presidente do PL afirmou para pessoas próximas que sentará para conversar com Bolsonaro assim que ele chegar ao Brasil. Avisou que será como sempre foi: pragmático. Deixará claro que a sigla tem seus interesses e ambos os lados precisam ceder.
Caso o presidente seja intransigente e não se filie a agremiação, Valdemar prometeu ser enérgico. “Ele é um político das antigas e passou por muita coisa nesta vida. E uma coisa que ele odeia é traição. Se o Bolsonaro não fechar, tenho certeza que o PL deixa a base do governo”, disse um interlocutor do cacique do Partido dos Trabalhadores.
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