Na última terça-feira (8), o presidente do PSB, Calos Siqueira, descartou a possibilidade de federação com o PT. A resolução foi compartilhada por Siqueira em conversa com o deputado estadual Bernardo Mucida, de Minas Gerais, na véspera da reunião com o partido, prevista para esta quarta-feira (9).
Há um mês, Carlos Siqueira elaborou um documento com sugestões concretas do PSB para uma federação com o PT. O texto foi entregue à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que analisaria os termos. No entanto, tanto no PT quanto no PSB, dirigentes apontaram que, hoje, é “praticamente impossível” que haja a federação.
Divergências sobre candidaturas a governador neste ano em estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, e sobre como deverão ser escolhidos os nomes para disputar prefeituras em 2024 são os principais obstáculos para um acordo.
No encontro com Siqueira, Mucida disse que cogita sair do partido caso não ocorra a federação. Siqueira respondeu, então, que a federação já estava descartada.
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PT e PSB juntos
Apesar de a federação com o PT estar descartada pelo presidente do PSB, os dois partidos devem estar juntos na forma de uma coligação, na chapa presidencial. É por isso que Geraldo Alckmin se filiará em breve ao PSB e também será vice na chapa de Lula.
Com isso, o PSB e o PT estarão juntos já no primeiro turno, mas apenas em parte dos estados. Em São Paulo, por exemplo, há a permanência do impasse: o pessebista Márcio França cogita concorrer contra o petista Fernando Haddad pelo governo do Estado.