Uma operação da Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta sexta (10), dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre por suspeita de envolvimento no desvio de mais de R$ 400 milhões, de acordo com o Ministério Público Estadual.
O órgão ainda afirma que o MBL recebia “doações de forma suspeita” por meio de “cifras ocultas” em uma “confusão jurídica empresarial” com o MRL (Movimento Renovação Liberal). Entre os presos, estão Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido pelo pseudônimo Luciano Ayan nas redes sociais), e Alessander Mônaco Ferreira.
Curiosamente, Alessander foi contratado pelo Governo do Estado de SP para trabalhar na Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado, lotado num cargo cuja função é ‘gerenciar tarefas de eliminação de documentos públicos, de informações relativas ao recolhimento de documentos de guarda permanente, produzidos pela Administração Pública‘, segundo o MP. Ele recebe R$ 17 mil de salário.
Chamou a atenção também o fato de Alessander ter realizado “doações altamente suspeitas através da plataforma Google”, aponta o MP, bem como criado “duas empresas de fachada” e ter ido mais de 50 vezes para Brasília, em visita ao MEC, com objetivos não especificados, durante dois anos.