Foto: Sergio Lima/AFP
O primeira ordem do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às Forças Armadas será para pôr fim nas manifestações golpistas que contestam o resultado das urnas e pedem intervenção militar em frente aos quartéis.
Segundo o Estadão, a remoção desses manifestantes será um dos primeiros pedidos de Lula na conversa com os próximos comandantes-gerais das Forças Armadas, ainda a serem confirmados por ele.
Antes mesmo dos atos terroristas cometidos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, após a diplomação de Lula, o petista já havia mencionado com parlamentares de sua base aliada que trataria com os generais sobre o plano de acabar com os protestos e acampamentos.
No fim da semana passada, Lula encontrou com a cúpula do Avante, em Brasília. Entre os aliados informados da determinação de Lula estariam os deputados federais André Janones e Luís Tibé, ambos do Avante de Minas Gerais. Na reunião, o presidente eleito destacou que a mobilização golpista nos quartéis é um “desrespeito” aos militares
O futuro ministro da Defesa José Múcio, escolhido por Lula, já sabe quais serão os próximos comandantes das Forças Armadas: o general Julio Cesar de Arruda no Exército, o almirante Marcos Olsen na Marinha e o brigadeiro Marcelo Damasceno na Aeronáutica.
Há uma possibilidade de os comandantes apontados por Lula assumirem as respectivas forças antes da hora, devido a sinalização dos atuais comandantes de deixar os cargos que exercem dias antes da posse de Lula, em 1º de janeiro. Apesar de não serem nomeados por Bolsonaro, eles poderiam comandar interinamente como os oficiais de quatro-estrelas mais antigos da tropa.