Hoje (15), nos EUA, o ex-assessor e o cérebro de Donald Trump, Steve Bannon se entregou ao FBI. E a possível prisão do homem forte da extrema-direita americana é considerada terrível para Bolsonaro. O presidente já vinha comentando com aliados que a hipótese poderia destruir sua ideia para a campanha de 2022. Agora, a previsão parece muito mais real do que antes.
Mesmo que Bannon tenha conseguido se safar, ao menos neste momento, da cadeia, sua situação é delicada. Ele entregou o passaporte e não pode sair do país enquanto até o julgamento que poderá levá-lo por um bom tempo na cadeia. Diante disso, os planos da família Bolsonaro para as eleições 2022 serão modificadas completamente, se não houver uma reviravolta.
Isso porque, já estava sacramentado que o homem forte de Trump seria chefe da campanha de Bolsonaro. Em 2022, Bannon comandaria, de perto inclusive, a campanha e traçaria até as estratégias digitais. Os planos já vinham sendo discutidos e Eduardo, o filho do presidente, faria parte da cúpula ao lado do americano, muito amigo dele.
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Steve Bannon fora da Campanha
Eduardo vinha insistindo para o pai que Bannon poderia cuidar da campanha, mesmo encalacrado com a justiça. Mas agora, sem poder sair do país e disposto a comprar uma briga com Biden, a situação se complicou e pode sair do controle. Nos bastidores do Planalto, fala-se que o presidente pode descontar sua raiva no filho, porque havia promessa de que isso não ocorreria. A viagem internacional, no entanto, pode ter ajudado a acalmar os ânimos.
Mesmo assim, antes da prisão ocorrer, Bolsonaro já vinha comentando com aliados seu medo de perder Bannon. Sem os principais bolsonaristas de sua milícia digital, ele considera que não tem em quem confiar. Embora tenha se entregado ao Centrão, o presidente não confia na classe política e teme levar um golpe. Com o homem forte de Trump, ele saberia que tudo estaria no controle. Não é o caso e a campanha poderá ganhar novos rumos. Quais? Ninguém sabe, ao menos não ainda.