“Prisão light”: Bolsonaro diz que não teme ser preso e que querem ‘apenas carimbá-lo como ex-presidiário’

Atualizado em 19 de maio de 2023 às 10:37
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Em entrevista chapa-branca à Veja, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “não há motivos” para temer uma eventual prisão. Segundo o ex-capitão, pessoas “importantes” já discutiam prendê-lo antes do fim do governo, numa espécie de “prisão light”, para “apenas carimbá-lo com a pecha de ex-presidiário”.

O ex-capitão, no entanto, citou o caso ex-presidente boliviana Jeanine Áñez, presa e condenada sob acusação de atos antidemocráticos, mas negou temer que o mesmo ocorra com ele no Brasil.

“Não há motivos para isso. Mas é bom não esquecer o que aconteceu na Bolívia. A ex-presidente Jeanine Áñez assumiu quando o Evo Morales fugiu para a Argentina. Depois, o outro lado voltou ao poder, ela foi presa e condenada a dez anos de cadeia. Acusação: atos antidemocráticos. Não preciso explicar mais”, disse Bolsonaro.

“Para ter algum motivo que justificasse isso, eu precisaria ter feito pelo menos 10% do que ele fez. E eu fiz 0%. Algumas pessoas importantes, não vou dizer os nomes, já diziam antes de acabar o governo que querem me prender. Uma prisão light, apenas para me carimbar com a pecha de ex-presidiário”.

Bolsonaro também disse que esperava ser perseguido após deixar o poder, mas não “dessa forma”. “O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, nem tinha deixado o prédio da PF ainda e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um esculacho”, afirmou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

O ex-mandatário é alvo de ao menos 24 ações e inquéritos. Entre eles, investigações sobre supostos incitadores e autores intelectuais dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Bolsonaro também é investigado no caso sobre os conjuntos de joias recebidos da ditadura da Arábia Saudita pelo seu governo e, a mais recente, sobre a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

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