As recentes prisões de militares, como as que a Procuradoria-Geral da República (PGR) determinou nesta sexta-feira (18) e que tinha como alvos integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, entre eles o atual comandante Klepter Rosa Gonçalves, tem gerado instabilidade e insegurança nas Forças Armadas, segundo informações do Estadão.
Para os militares, existe um exagero e descontrole nessas prisões de integrantes do Exército que não estariam dando sinais de que tentarem atrapalhar investigações ou de que teriam realmente participado ou contribuído para os atos golpistas do 8 de janeiro.
Apesar do Exército tirar o corpo foro e afirmar que são poucos os membros ligados a um plano golpista, figuras como ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro César Cid, e agora o seu pai, o general de Exército na reserva, Mauro César Lourena Cid, marcam a imagem da instituição, ainda mais quando há um clamor para que ocorram punições.
O Exército, porém, não pode agir movido pelo clamor popular e precisa seguir a legalidade. Portanto, quando Cid for julgado, se condenado, será expulso da Força.
Até que as investigações desvendem tudo que aconteceu, os oficiais têm procurado acalmar as bases e mostrar que o Exército é maior do que as denúncias contra alguns de seus integrantes. O trabalho de resgate da imagem é árduo, já que até poucos anos a instituição liderava as pesquisas de confiabilidade.