Procurador-geral da Venezuela acusa Lula de ser agente da CIA: “Foi cooptado na prisão”

Atualizado em 14 de outubro de 2024 às 15:03
O presidente Lula e o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab. Foto: Reprodução

Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela, acusou o presidente Lula de ser um “agente” da CIA (serviço federal de Inteligência dos Estados Unidos) e disse que o petista “não é o mesmo” desde que deixou a prisão, em 2019. Ele ainda disse que o presidente do Chile, Gabriel Boric, também teria sido cooptado por agentes americanos.

“Quem é o porta-voz que eles colocam dizendo as coisas mais bárbaras contra nosso país através dessa chamada ‘esquerda’? O senhor Boric, que agora está acompanhado por Lula. Para mim, Lula foi cooptado na prisão. Essa é a minha teoria”, afirmou Saab ao canal venezuelano Globovísion.

Ele ainda acusou Lula e Boric de atuarem como “porta-vozes” da CIA. “Parte dessa chamada esquerda cooptada pela CIA e pelos Estados Unidos na América Latina agora tem dois porta-vozes, Lula, que não é o mesmo que saiu da prisão, por tudo que acusou agora, não é o mesmo em nada: nem em seu físico, nem em como ele se expressa”, prosseguiu.

Os presidentes do Brasil, Lula, e do Chile, Gabriel Boric. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Saab comanda a Procuradoria-Geral da Venezuela há sete anos e ficou conhecido por chancelar atos do governo de Nicolas Maduro. A situação entre o Brasil e o país é de tensão desde as eleições de julho, que foram contestadas por diversos governos.

Lula chegou a sugerir que a Venezuela promovesse novas eleições após as contestações, mas acabou sendo alvo de críticas de Maduro, que mandou uma indireta ao mandatário brasileiro e afirmou que não se manifestou sobre a disputa de 2022 no Brasil mesmo após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser derrotado e não aceitar o resultado.

Mesmo com as tensões entre os países, Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, descartou romper as relações diplomáticas com a Venezuela. Em entrevista à CNN Brasil, ele afirmou que o governo vai “continuar conversando e contribuindo para um consenso nacional” no país vizinho.

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