Procuradora do caso das joias é casada com vereador bolsonarista doente e postou críticas ao STF

Atualizado em 11 de março de 2023 às 16:25
A procuradora Gabriela Saraiva de Azevedo Hossri e o marido Nelson em ato pró-Bolsonaro na Paulista

Gabriela Saraiva de Azevedo Hossri, procuradora designada para cuidar do caso das joias de Jair Bolsonaro, é casada com o vereador Nelson Hossri (PSD), de Campinas.

Bolsonarista doente, Nelson tem várias selfies com o mito e seu filho Eduardo em suas redes.

Ele é o tipo de idiota que posta imagens com a família nas redes sociais acusando “esquerdopatas” de ficaram “incomodados”, sabe Deus com quê (talvez com sua imbecilidade).

Gabriela aparece numa foto com o marido num ato em defesa do então presidente na Avenida Paulista.

Mais discreta, ela tem uma única postagem no Twitter: compartilhou matéria do Estadão de 2019 em que o ministro Luís Roberto Barroso critica a própria corte.

“Nos EUA, Barroso, do STF, sugere que o ‘momento de descrédito’ do Tribunal está relacionado à percepção da sociedade de que os ministros por vezes protegem uma ‘elite corrupta’, diz o trecho que ela tuitou.

Barroso lamentava que o Supremo tomasse “repetidamente” decisões que “a sociedade não entende”.

Ela trabalha desde outubro de 2020 no 5º Ofício da Procuradoria da República no Município de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Postagem da procuradora que cuidará do caso das joias de Bolsonaro com críticas ao STF

Partidária da prisão em segunda instância, subscreveu, em 2019, uma carta de apoio à então coordenadora da Procuradoria Federal de Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, que foi alvo de representações movidas pelo PSL, antigo partido de Bolsonaro, por sua atuação institucional em defesa dos direitos humanos.

A distribuição ao gabinete da procuradora foi feita automaticamente pelo sistema e ainda não há inquérito formal instaurado no MPF.

Os investigadores vão analisar a denúncia e o material enviados pela Receita Federal. Quando a análise preliminar de documentos, vídeos, fotos e gravações de áudio for concluída, ela decidirá se abre ou não uma investigação.

Não há prazo para essa decisão. O prazo para conclusão do inquérito da PF é de 30 dias, mas pode ser prorrogado. O ex-ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, será ouvido na próxima terça.

Se o Brasil fosse sério, a procuradora abdicaria do caso e se declararia suspeita.

Bolsonaro e Nelson Hossri, vereador e marido da procuradora Gabriela, que vai cuidar do caso das joias