Um debate na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) sobre o conflito entre Israel e Hamas terminou em confusão nesta terça-feira (10). O professor Michel Gherman, doutor em História Social, deixou o painel após ser ofendido por alunos.
Durante o debate, estudantes, em sua maioria judeus, discordaram da fala do pesquisador e interromperam sua exposição. A mediadora da mesa tentou limitar as manifestações dos estudantes a perguntas.
Um dos pontos de discordância ocorreu após Gherman falar em “reação de resistência” e “ato desesperado” ao se referir às ações do Hamas. O professor, no entanto, classificou o grupo como “terrorista” e condenou os ataques.
Diante da confusão, o professor decidiu deixar o debate. Segundo relatos, ele foi hostilizado pelos alunos e precisou ser escoltado por segurança.
Gherman afirmou que foi alvo de uma “armadilha” e “tentativa de silenciamento”. O professor ainda ressaltou que sempre considerou o Hamas um grupo terrorista.
“Eu sou judeu, sionista, sempre afirmei que o Hamas é terrorista. O que aconteceu na PUC foi muito grave. Fui vítima de uma tentativa de censura”, disse o professor ao colunista Lauro Jardim, do Globo.
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